Haver


Há de servir
O que hei de contar.
Ah, há!
Há de prestar!

Emprestar com ágios
Os ágeis conselhos;
Cobrar as moras
De tuas morais refeitas.

Feitas em pó,
Tornadas em cinzas
Todas as palavras
Lançadas ao vento
Como folhas…

Folhas que tomo para escrever
- E tu as hás de ler
As palavras que hão de te agradar;
Hão de ventilar tuas ideias,
Para que haja sonho em tua noite
E haja som em teu ouvido.

Havendo isso, me vou.
Hei de estar por aí;
Onde houver espaço para eu haver.
Agradeço.
Não me responda – não há de quê

Rodrigo Dias

Comentários

Postagens mais visitadas