Sem título

Vou ser como
Um velho português.
Vou até onde todo mundo já conhece
E colonizar o interno com o externo.

Vou até meu coração
Fincar a bandeira da razão
Neste terra Santa e pura.

Depois demonizá-la irei
Mostrar a todos o quão torto fui
E todos os pecados que não paguei.

Isso me faz mais nobre?
Errar sempre sabendo onde?

Depois, vou até onde o espírito reside
Desbravando toda a relva à procura
De ouro e vitimização.

Escravizo minhas paixões
Mato aquelas que fugirem
E reduzo a chumbo tudo que ainda me faz.

Cá nada restará
E apenas carvão, fogo e cinza.

Pinheiro

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