Conversa com Eduardo Spohr - Salão Carioca do Livro
Oh, yeah! Nós conversamos com ele! Um dos grandes nomes da literatura fantástica brasileira; pessoalmente, o que mais me encanta. Especialmente por ter conseguido criar um universo novo reciclando todos os paradigmas de heróis e vilões já eternizados. Amigos e amigas, sentemo-nos com o grande Eduardo Spohr!
Para quem ainda não o conhece, segue a bibliografia: "A Batalha do Apocalipse" (Verus, 2010)
"Os Herdeiros de Atlântida" (Verus, 2012); "Anjos da Morte" (Verus, 2013) e "Paraíso Perdido" (Verus, 2015) - saga "Os Filhos do Éden"; "A Torre das Almas" (conto; 2012) e "Protocolo Bluehand: Alienígenas" (2011 - como coautor). Apenas o último não está relacionado com o universo angelical criado por ele mesmo.
Se você ainda não leu nenhum desses livros, sugiro que o faça já!!!!!!
Então, vamos à conversa!
Eduardo (chamado frequentemente de Dudu, por Affonso Solano, que estava com ele no evento) é extremamente bem-humorado e supergente-boa! Rimos à beça durante o bate-papo! E aí, surgiram algumas questões bastante interessantes: Perguntado sobre suas referências para a criação de seu mundo sombrio e fantástico, ele se derrete por uma monstra sagrada da literatura mundial: A maravilhosa Anne Rice!
Eduardo Spohr
Para quem ainda não o conhece, segue a bibliografia: "A Batalha do Apocalipse" (Verus, 2010)
"Os Herdeiros de Atlântida" (Verus, 2012); "Anjos da Morte" (Verus, 2013) e "Paraíso Perdido" (Verus, 2015) - saga "Os Filhos do Éden"; "A Torre das Almas" (conto; 2012) e "Protocolo Bluehand: Alienígenas" (2011 - como coautor). Apenas o último não está relacionado com o universo angelical criado por ele mesmo.
Se você ainda não leu nenhum desses livros, sugiro que o faça já!!!!!!
Então, vamos à conversa!
Eduardo (chamado frequentemente de Dudu, por Affonso Solano, que estava com ele no evento) é extremamente bem-humorado e supergente-boa! Rimos à beça durante o bate-papo! E aí, surgiram algumas questões bastante interessantes: Perguntado sobre suas referências para a criação de seu mundo sombrio e fantástico, ele se derrete por uma monstra sagrada da literatura mundial: A maravilhosa Anne Rice!
“Anne Rice me
influenciou muito. Com um terror mais psicológico, assim. Pela
primeira vez um vampiro, não como um monstro, mas como uma criatura
que se comunica com a gente. O que é um vampiro? É uma criatura
melancólica que vive pra sempre mas... será que vale a pena viver
pra sempre enquanto você vê todas aquelas coisas que você
construiu, vê as pessoas que você amava, os seus amigos ficando pra
trás, né? Então, a Anne Rice traz muito isso. E eu acho que isso é
uma coisa que muito me influenciou nas minhas estórias.”
Fica outra dica: Se você nunca leu nenhuma das "Crônicas Vampirescas", corre! Provavelmente tudo o que você conhece de vampiros sofreu influência dela!
Sobre coisas da vida pessoal que serviram de influência e inspiração para a criação de seus personagens,
“Star Wars. Foi
uma obra que se comunicou comigo. Eu estudava Religião, só que eu
não entendia muito bem o que era religião no seu sentido
mitológico; como aquilo podia se conectar com a minha vida. Foi
quando eu vi Guerra nas Estrelas que eu consegui entender. Porque pra
mim era muito difícil você escutar a história de Jesus Cristo e se
relacionar com um personagem que viveu há muitos anos e não
entender absolutamente nada! E aí, com o Star Wars, eu vi que todas
aquelas etapas que Cristo passava... e depois eu fui aprendendo que
outros personagens mitológicos, Buda... passavam, era o que estava
mostrado lá no Star Wars. Aí, sim! Um personagem que eu podia
entender! Luke Skywalker era um cara que eu queria ser! Aquilo mexeu
muito com meu estudo porque eu fui procurar outras religiões, fui
procurar estudar sobre religiões, mitologias. Comecei a viajar,
comecei a ver como essas histórias se propagam pela Literatura e
pelo Cinema. E por que elas se propagam? Elas falam sobre etapas que
nós passamos na nossa vida. Os personagens mitológicos são heróis
que passam por provações que nós passamos!”
Quem conseguiria fazer uma conexão dessas?! Star Wars explicando Jesus Cristo! Sensacional!!!!
Aí, o papo foi diretamente com a gente! (Oba! Somos importantes! O Cara falou com a gente! Iupi!!!!)
Duas perguntas: Você gostaria e/ou já tem projeto para uma adaptação de "A Batalha do Apocalipse" para o cinema?
“O que eu mais
tenho vontade de fazer é... assim é claro que todo autor tem
vontade de ter sua obra adaptada para o audiovisual, para o cinema,
mas eu vou te falar que eu gostaria ainda mais de... na verdade, nem
cinema! Aliás, eu vou muito pouco ao cinema. Sou muito mais fã de
séries. Eu gostaria que, quem sabe no futuro? Houvesse uma série
não sobre os meus livros, mas sobre o universo dos meus livros. É o
que eu gostaria muito de fazer. A gente está vivendo a era de ouro
das séries! Engraçado a gente ter essa consciência, né? Então,
eu acho que isso está ficando cada vez mais possível, séries
brasileiras...”
E: Você pensa em criar outro universo e deixar os anjos de lado?
“Cara, eu tenho
vontade de voltar a escrever nesse universo (dos anjos, de “Batalha”
e “Os Filhos do Éden”) como tenho vontade de escrever outros
universos! Eu tenho muita ideia! Quem é mestre de RPG tem ideia pra
tudo! Você vai pegar o metrô, vai descer, vai ver um negócio e vai
ter ideia pra alguma coisa. Então, ideia é o que não falta! Em
determinado momento eu vou ter que pensar, escolher uma e falar:
'agora esse vai ser o meu próximo projeto'.”
Pra fechar o papo, uma grande dica para quem quiser ser escritor:
“Quando você
escolhe um projeto, [tem que] ir até o final com ele. Eu acho que
isso é o que separa o escritor amador do profissional. Quando eu era
amador, no começo, muita coisa eu escrevia e parava no meio. Aí
depois, não! Agora eu vou escrever até o final! E essa é uma dica
que eu posso dar: cara, em vez de escrever uma saga, se você está
começando, escreve um conto. 10 páginas, 15 páginas... mas vai até
o final! Pode ser que fique horroroso, mas vá até o final”
É isso: Sempre que possível, iremos conversar com grandes autores e traremos o papo aqui para a nossa cadeira!
Eduardo Spohr e Affonso Solano
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