A Um Amor Indevido

Eu sei que não devia;
Meu coração relutou em aceitar esse sentimento.
Ele sabia que ia sofrer.
Mas era mais forte que nós dois juntos
Agora ele disfarça, mas, chora...

São só detalhes:
Seus olhos,
Seu perfume,
Sua voz,
Sua letra...
Você brilhou na minha mente
Com uma luz tão intensa
Que eu não consegui ignorar.

Mas foi só o brilho...
Agora é só lembrança
Importuna, impertinente...
Tem a sua cor,
A leveza de sua mão,
O contorno de sua boca,
O cacho dos seus cabelos...
Mas é vazia,
Porque não é você
(Ou, de repente, é
Se você realmente não for real,
Apenas um sonho...)

Você não tinha o direito
De entrar na minha vida,
Seqüestrar meu coração
E não aceitar resgate;
De construir um palácio na minha mente
Pra depois quebrar
E me deixar recolhendo os cacos
Só pra me fazer lembrar de você.

Eu sei que não devia...
Meu coração me alertou,
Mas eu estava hipnotizado
Por esse alguém inesperado
Que atravessou a minha vida
Como um viajante de passagem
Em terra desconhecida.

Mas eu estava cego
Pelo brilho da esperança
Que esse amor despertou em mim
(Essa coisa boba que a gente fica...)
E, de repente, tudo muda
Assim, num piscar de olhos
(Tanto que eu não vi
E até hoje eu não percebo
Quando tudo mudou);
O amor ficou vazio,
A esperança virou incerteza
E o coração briga comigo
Por um azar da vida.

Eu sei que não devia,
Mas não consegui não te amar.

Rodrigo Dias

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